Semana Santa
O Sábado Santo, ou Sábado de Aleluia, antecede as
comemorações do domingo de Páscoa, da Ressurreição de Jesus. Durante o dia, a Igreja permanece em vigília, meditando a Paixão e esperando a Ressurreição. A Vigília Pascal é composta por cinco
elementos: a bênção do fogo novo e do círio pascal;
a proclamação da Páscoa; a liturgia da Palavra; a renovação das promessas do
Batismo e, por fim, a liturgia Eucarística. Depois do anoitecer,
a Vigília Pascal inicia-se com a Liturgia da Luz, que começa com as luzes da
igreja apagadas e a reunião dos fiéis. Abençoa-se o fogo, símbolo do esplendor
do Ressuscitado. Prepara-se o círio pascal, vela em que o celebrante marca uma
cruz e as letras Alfa e Ômega, que representam Cristo, Princípio e Fim de tudo
e de todos. Entre os braços da cruz está o ano em curso. O círio é usado
em todo o Tempo Pascal, permanecendo na igreja, e durante todo o ano em
batismos, crismas e funerais, lembrando a todos que Cristo é a luz do mundo. A
vela é acesa e segue o antigo rito do Lucernário: um sacerdote ou diácono carrega o círio pela igreja
escura, parando três vezes e aclamando: “Lumen Christi” (Luz de Cristo), e a
assembleia responde “Deo Gratias”(Graças a Deus). A vela prossegue pela igreja
e todos acendem velas menores pelo Círio Pascal , representando a “Luz de
Cristo” se espalhando por todos. A escuridão diminui. Depois de colocada em
destaque, a vela é incensada e entoa-se solenemente o canto Exulted, de
tradição milenar, a Igreja pede que as forças do céu exultem a vitória de Cristo sobre a
morte, apagam-se as velas e inicia-se a Liturgia da Palavra, composta de sete
leituras do Antigo Testamento, que são como um resumo de
toda a História da Salvação.
Cada leitura é seguida por um salmo e uma oração.
Depois de concluir estas leituras, é entoado, solenemente, o Gloria in excelsis
Deo (“Glória a Deus nas alturas”), é a primeira vez que o
“Glória” é entoado, desde a Quarta Feira de Cinzas, com exceção da Quinta Feira
Santa, os sinos, sinetas e campainhas da igreja devem ser tocados. Lê-se um
texto da Epístola aos Romanos e o Salmo 118.
O “Aleluia” é cantado também de forma muito solene, pois não se entoava
desde o início da Quaresma.
Na Liturgia Batismal, a água da pia batismal é solenemente abençoada e pode-se
haver batizados neste momentos. Depois, todos renovam os seus votos batismais e
recebem a aspersão da água. A oração dos fiéis se segue e a Liturgia Eucarística continua como de costume. Esta é a
primeira Missa do dia da Páscoa.
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