Movimento de Casais Jovens

Paróquia São Pedro Apóstolo - Ivoti

sábado, 22 de agosto de 2015

Sábado - dia dedicado a Nossa Senhora!!

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O Sábado mariano é como aurora: ele antecede e anuncia o aparecimento do Domingo, o dia do Sol Divino, Jesus.


Você sabe por que o Sábado é dedicado a Nossa Senhora?
Segundo a tradição, a Igreja tem por costume dedicar o Sábado a Nossa Senhora pelo fato de ter sido no primeiro Sábado Santo que Ela viveu sem ter Jesus vivo. Esse dia foi considerado o Sábado da solidão, do deserto, da morte e do luto. Foi o dia em que Maria Santíssima chorou e sofreu pela ausência de seu Filho. Podemos pensar que foi no sábado que precedeu a Ressurreição de Jesus que a Virgem Maria viveu o mistério da dor, profetizado por Simeão: “Uma espada de dor transpassará tua alma (Lc.2,35). Entretanto, Ela manteve-se firme na fé, com esperança inabalável em seu Doloroso e Imaculado Coração, aguardando a Ressurreição d’Ele.
Nas aparições de 13 de junho e 13 de julho de 1917, Nossa Senhora de Fátima, chamou a atenção de Lúcia para o costume de dedicar os sábados em Sua honra e rezar o terço em reparação: “Jesus quer estabelecer no mundo a devoção do meu Imaculado Coração”. Depois os três pastorzinhos viram Nossa Senhora tendo em sua mão direita um coração cercado de espinhos. Compreenderam que era o Coração Imaculado de Maria, ultrajado pelos pecados da humanidade, que pedia reparação. “Se fizerem o que vou vos dizer, muitas almas serão salvas e haverá paz. [...] Voltarei para pedir a devoção reparadora dos primeiros sábados (do mês).
Honrar Nossa Senhora especialmente nos sábados vem nos recordar que a Mãe de Deus quer nos apontar a direção de seu Filho que é o Senhor dos nossos dias e todos os outros dias da semana.

“Que em cada um de vós haja a alma de Maria para bendizer o Senhor; e em cada um de vós esteja o seu espírito, para exultar em Deus!”

(Santo Ambrósio)

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Causas e consequências do esgotamento espiritual

Um comentário


Quanto maior o esgotamento espiritual menor a qualidade do ministério.
Todas as atividades, se não forem vivenciadas com equilíbrio e maturidade, podem causar sérios riscos à saúde. No campo espiritual não é diferente. Com o passar do tempo, o excesso de atividades na comunidade cristã ou em outras áreas de evangelização podem silenciosamente atingir nossa alma levando-nos a um sério esgotamento espiritual. Muitos estão esgotados espiritualmente, mas não conseguem admitir tamanha sobrecarga sobre os ombros. Quem se esgotou esgota também quem está ao seu lado. O esgotamento espiritual traz consigo algumas características negativas para o bom andamento da missão evangelizadora. Muitos começam a exercer ministérios de maneira funcional; executam tarefas, mas o amor, que há tempos os motivava no exercício da missão, tornou-se apenas algo que pertenceu a uma antiga história de amor.
Quando isso acontece, tornam-se funcionários do Sagrado e deixam de ser discípulos missionários. Transformam a missão em algo funcional. Se antes o que alimentava a alma era o ardor missionário e evangelizador, agora cumprem suas obrigações sem se preocupar com a qualidade da evangelização. Quanto maior o desânimo menor a qualidade do ministério. Jesus não quer funcionários que executem a missão em uma empresa, Ele quer amigos, discípulos, apóstolos que se apaixonam pela proposta do Reino e são impulsionados pelo Espírito Santo a levar a Boa Nova da salvação aos cantos e recantos do mundo. Um discípulo apaixonado é aquele que, a cada dia, examina sua consciência e procura, a cada nova manhã, renovar seu amor pelo Senhor. Quanto maior for nossa intimidade com Cristo melhor será a qualidade do nosso ministério. Muitos se apaixonaram por Jesus Cristo um dia. Com o tempo, esse amor foi esfriando, pois deixaram de alimentar o relacionamento. A chama viva da paixão, que no início era um fogo abrasador, com o tempo tornou-se brasa, foi se apagando lentamente e hoje restam apenas algumas cinzas de um amor que não foi cuidado. Quando desviamos o olhar de Jesus Cristo, começamos a desejar outros deuses. Quantos foram seduzidos pelo poder, pela fama e o comodismo! Desviaram seu olhar do essencial e alimentam sua vida do periférico. Amores ilusórios se desfazem como o orvalho ao nascer do sol. Amores verdadeiros desabrocham como flores no jardim para alimentar a vida com a beleza que é dom divino. Outros ainda cuidam com tanto zelo das coisas de Deus que se esqueceram do próprio Deus. Quando Ele deixa de ser a fonte na qual a alma sacia a sede, busca-se águas em fontes duvidosas que prejudicam a saúde espiritual da alma. Cuidar das coisas de Deus é importante, porém se Ele próprio não for a fonte primeira da vida missionária, seremos apenas empregados e não Seus amigos.

O esgotamento espiritual traz sérios riscos para a alma de todo cristão. Quem desvia o olhar de Jesus perde o horizonte de sua vocação. Nossa alma se alimenta daquilo que oferecemos a ela. Somente no cultivo de uma intimidade profunda com o Senhor voltaremos às origens do nosso primeiro amor.

Pe. Flávio Sobreiro
Extraído de: http://formacao.cancaonova.com/espiritualidade/vida-de-oracao/causas-e-consequencias-do-esgotamento-espiritual/