Movimento de Casais Jovens

Paróquia São Pedro Apóstolo - Ivoti

terça-feira, 26 de novembro de 2013

DE NIHILO NIHIL

Um comentário

Se lhe oferecessem, hoje, uma proposta de trabalho mais gratificante para você e mais vantajosa para o convívio com a sua família, que também lhe remunerasse de maneira melhor que a sua ocupação atual, mas que lhe exigisse algum ajuste na sua agenda semanal, você estaria tentado a aceitar? Pense bem nas condições acima oferecidas, você não estaria inclinado a, ao menos, tentar? Fique com a sua resposta em mente enquanto seguimos na nossa conversa.

Há alguns poucos dias, na segunda edição do Jornal Aliança do MCJ de Ivoti, conversávamos sobre o diálogo leal com Cristo. Aquele tipo de diálogo no qual nos aproximamos do Senhor sem condicionamentos, sem ressalvas, com o coração aberto e "colocando tudo sobre a mesa" - como bem nos ensina o Papa Francisco. Esta é, em suma, a única forma de diálogo em que é possível se alcançar a integralidade daquilo que a Palavra de Jesus pretende nos transmitir. Qualquer diálogo condicionado, restrito por um "ainda não", por um "porém", "quem sabe" ou "somente se", acaba por restringir o alcance da mensagem de Cristo e nos retém à margem do amor de da verdade por Ele revelados, bem como do conteúdo libertador que eles apresentam.

Eis que a mesma dinâmica se aplica tanto para a aproximação e o diálogo com a Palavra quanto para o Sim que damos a Cristo: se o Sim é dado com ressalvas e condições, ele não alcança seu real sentido.

Em sua defesa, muitos poderão alegar que sua rotina é dura, mas será que devemos aguardar até que não tenhamos nenhum problema a resolver para, só então, reservarmos algum tempo para Deus? E será que este dia de tempo sobrando realmente chegará? Queremos ser lembrados por Deus como o rico no templo, que dá daquilo que lhe sobra, quando lhe sobra (Lc 21, 1-4), ou como a viúva que dá um tanto daquilo que lhe é mais importante?

Se esperamos pelo momento em que nossa rotina for cheia de tempo disponível, até lá teremos deixado Deus no quartinho dos fundos de nossa existência. Ainda que o visitemos na Igreja todo o domingo, Ele não nos acompanha para casa, para o trabalho, para a nossa vida.

Haverá, ainda, outros que dirão que não se sentem capazes e, em que pese ser digno de louvor sua humildade, deixam de lado a própria fé naquilo que nos revela a Palavra: Deus escolhe o fraco para confundir o forte (1Cor 1,26-28). Ele não nos abandona, mas nos capacita para a missão.  

Por simples analogia, o Sim que o fiel dá ao Senhor é igual ao sim que um jurado dá ao responder aos quesitos durante uma sessão de Tribunal do Júri. Ali, vinculados à presunção legal de inocência,  os jurados só podem responder que sim, condenando então o acusado, se tiverem a convicção livre de dúvidas (ou seja, a certeza) de sua culpabilidade. Qualquer dúvida, por menor que seja, deve conduzir o jurado a responder não ao quesito, pois não há as opções "pode ser que sim", "talvez" ou "quem sabe sim". Ou o sim é certo, com tudo que isto implica, ou então só pode ser não.

O Sim a Cristo é idêntico: não existe meio sim, não é possível dizer "sim, mas...", ou "sim, desde que..." e muito menos é possível dizer "talvez". Tudo isto equivale a dizer "não".

Mas eu não quero ver você vivendo assim e, para evitar isso, tenho uma proposta para lhe fazer. Ela lhe será pessoalmente muito gratificante, trará vantagens também para sua família e sua recompensa será de tal forma profunda que dinheiro algum no mundo poderia comprá-la. Todavia, não vou lhe mentir, vai exigir que você faça um esforço na sua agenda semanal.

Você já entendeu aonde quero chegar, não é mesmo?

Diga SIM e confie! Confie com o mesmo entusiasmo e expectativa que você diria sim àquela nova e vantajosa proposta de trabalho antes mencionada! Seja um empreendedor de Deus! Assuma o caráter missionário de sua fé!

Não há outra opção! Bom, em verdade há: a de escolher qual das inúmeras formas de vivência da fé que melhor lhe afigura.

Lembre-se: "de nihilo nihil". Isto é, nada vem do nada. Se algum dia você foi tocado por Cristo, isso se deu, muito provavelmente, por meio de outra pessoa que lhe apresentou o Evangelho de alguma forma. Alguém que, antes de você, disse seu Sim e encarou a maravilhosa missão de vivê-lo. Por meio dessa disposição, a Palavra pode ser levada até você, chegando então a hora de você passar adiante esta "corrente", assumir seu papel de protagonista no Plano de Deus. 

O vídeo abaixo é bem curtinho, mas dá o recado:


Paz e bem a você e a sua família, e viva seu Sim com alegria! 

"Conhecer a Jesus Cristo pela fé é nossa alegria; segui-lo é uma graça, e transmitir este tesouro aos demais é uma tarefa que o Senhor nos confiou ao nos chamar e nos escolher." (Nº 18, Documento de Aparecida)

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

SABEDORIA DE VIDA

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Mons. Inácio Schuster (N.Sª. da Piedade/NH), numa das paróquias que atendeu no passado, certa feita foi chamado a ministrar a Extrema Unção a um senhor de 93 anos de idade e pai de 16 filhos. O senhor, um homem temente a Deus, compartilhou então com o sacerdote o conteúdo de suas reflexões a respeito da vida. 

O Mons. Schuster tomou o cuidado de voltar a falar com aquele senhor outra vez, antes que viesse a falecer, a fim de tomar nota de tais observações e, fazendo imprimi-las num folheto, passou, desde então, a distribuí-las para seus fiéis. Em verdade, segundo o relato do próprio Mons. Schuster, na missa do dia seguinte lá estava o tal senhor, muito belo, sentado na primeira fila. Perguntado o que estava fazendo ali, ele respondeu apenas que estava se sentindo muito melhor após ter recebido o sacramento da Extrema Unção, e que decidira daí vir à missa.

Eis então, aqui compartilhadas conosco da forma como foram repassadas ao Mons. Schuster, as reflexões da experiência de vida deste senhor católico que soube, ainda, ser vitorioso pai de uma numerosa família. Vale à pena dedicar um instante da tua vida e parar pra ler e refletir.




PARA SER FELIZ

Um ancião deixou condensadas, em oito pontos, as observações da sua longa experiência, aos 93 anos, sobre o segredo de se ter paz e felicidade. Ei-las:

1º) As orações da manhã e da noite nunca atrasaram o trabalho;

2º) O trabalho no domingo nunca enriqueceu a ninguém;

3º) A blasfêmia traz desgraças; nunca vi um blasfemo viver tranquilo e morrer em paz;

4º) Um filho rebelde para com seus pais, cedo ou tarde é castigado de um modo exemplar, e quase sempre na vida presente;

5º) O ódio é um câncer no coração. Os bens roubados nunca prosperam;

6º) As esmolas e obras de caridade nunca levaram ninguém à pobreza;

7º) Muito caro se paga na velhice as loucuras da mocidade;

8º) Enfim (e é o ponto principal), quanto mais alguém for atrevido contra Deus durante a vida, tanto mais tremerá na hora da morte.


Que saibamos nós também valorizar o que realmente importa, preocuparmo-nos com o que realmente merece atenção e buscarmos uma vida plena e feliz com a graça de Deus! 

A Paz de Cristo esteja convosco e com vossas famílias!



terça-feira, 10 de setembro de 2013

POR QUAL PORTA QUEREMOS ENTRAR?

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Mensagem do Santo Padre Francisco durante o Angelus do domingo de 25 de agosto de 2013:




Prezados irmãos e irmãs, bom dia!

O Evangelho de hoje convida-nos a meditar sobre o tema da salvação. Jesus sobe da Galileia rumo à cidade de Jerusalém e, ao longo do caminho, alguém — narra o evangelista Lucas — aproxima-se dele e pergunta-lhe: «Senhor, são poucos os homens que se salvam?» (13, 23). Jesus não responde de maneira direta à pergunta: não é importante saber quantos se salvam, mas é importante saber sobretudo qual é o caminho da salvação. Eis, então, que a esta pergunta Jesus responde dizendo: «Procurai entrar pela porta estreita; porque, digo-vos, muitos procurarão entrar e não conseguirão» (v. 24). O que Jesus quer dizer? Qual é a porta pela qual devemos entrar? E porque Jesus fala de uma porta estreita?

A imagem da porta volta várias vezes no Evangelho e evoca a porta da casa, do lar, onde encontramos segurança, amor e calor. Jesus diz-nos que existe uma porta que nos faz entrar na família de Deus, no calor da casa de Deus, da comunhão com Ele. Esta porta é o próprio Jesus (cf. Jo 10, 9). Ele é a porta. É a passagem para a salvação. É Ele que nos conduz ao Pai. E a porta que é Jesus nunca está fechada; esta porta nunca está fechada, mas permanece aberta sempre, e para todos, sem distinções, sem exclusões nem privilégios. Porque, sabeis, Jesus não exclui ninguém. Alguém dentre vós talvez me possa dizer: «Mas Padre, eu certamente estou excluído, porque sou um grande pecador: fiz muitas coisas feias na vida». Não, não estás excluído! Precisamente por isso tu és o preferido, porque Jesus prefere sempre o pecador, para o perdoar, para o amar. Jesus está à tua espera para te abraçar, para te perdoar: Ele está à sua espera. Coragem, anima-te para entrares pela sua porta. Todos estão convidados a passar por esta porta, a cruzar a porta da fé, a entrar na sua vida e a fazê-lo entrar na nossa vida, para que Ele a transforme, renove e infunda a alegria plena e duradoura.

Nos dias de hoje passamos diante de muitas portas que convidam a entrar, prometendo uma felicidade que depois observamos que dura apenas um instante, que se esgota em si mesma e não tem futuro. Mas eu pergunto-vos: por qual porta queremos entrar? E quem desejamos fazer entrar pela porta da nossa vida? Gostaria de dizer vigorosamente: não tenhamos medo de passar pela porta da fé em Jesus, de deixar que Ele entre cada vez mais na nossa vida, de sair dos nossos egoísmos, dos nossos limites e das nossas indiferenças em relação ao próximo. Porque Jesus ilumina a nossa vida com uma luz que jamais se apaga. Não é um fogo de artifício, nem um flash! Não, é uma luz suave, que dura sempre e nos dá a paz. Esta é a luz que encontraremos, se entrarmos pela porta de Jesus.

Sem dúvida, a porta de Jesus é estreita, mas não porque é uma sala de tortura. Não, não por isso! Mas porque nos pede para abrir o nosso coração a Ele, que nos reconheçamos pecadores, necessitados da sua salvação, do seu perdão, do seu amor, que tenhamos a humildade de acolher a sua misericórdia e de nos deixarmos renovar por Ele. No Evangelho, Jesus diz-nos que ser cristão não é ter uma «etiqueta»! Pergunto-vos: vós sois cristãos de etiqueta, ou de verdade? E cada um responda dentro de si! Não cristãos, nunca cristãos de etiqueta! Cristãos de verdade, de coração. Ser cristão é viver e testemunhar a fé na oração, nas obras de caridade, na promoção da justiça e na realização do bem. toda a nossa vida deve passar pela porta estreita, que é Cristo.

À Virgem Maria, Porta do Céu, peçamos que nos ajude a cruzar a porta da fé, a deixar que o seu Filho transforme a nossa existência, como transformou a sua, para anunciar a todos a alegria do Evangelho.


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Agora, se você preferir a grata experiência de ouvir o próprio Papa Francisco proferindo estas palavras (com tradução para o Português em tempo real), clique no link abaixo, aguarde o player do Centro Televisivo Vaticano carregar, depois clique na guia "Video on Demand" e, na tela seguinte, clique no menu "audio_eng" e selecione "audio_por".



A Paz de Cristo!


Fonte:
Vaticano


segunda-feira, 2 de setembro de 2013

EM VEZ DE REENCARNAÇÕES, UMA VIDA DE GRATIDÃO

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Muitas pessoas tem dificuldade com a ideia da graça e de um Redentor. Dizem que não é justo ou que é muito fácil dizer que um morreu pelos pecados de todos. No entanto, a experiência mostra que não apenas Deus, mas também nós, somos capazes de "não retribuir na mesma medida" e de perdoar a quem nos ofendeu. Podemos, assim, assumir o ônus advindo de uma atitude de alguém e continuar amando. 

Perdoar pode ser difícil, mas não é impossível. Imagine o que seria do mundo sem perdão! O que seria dos relacionamento?!

Todos nós conhecemos bem palavras como justiça, misericórdia e graça. É louvável que as pessoas esperem por justiça. Ninguém mais do que Deus espera que haja justiça. Porém, aos olhos do mundo atual, justiça implica dizer que, se nós somos rebeldes pecadores, o que merecemos é a condenação por nossa maldade. Isso é a justiça dos homens! Portanto, receber aquilo que merecemos é justiça.

No entanto, Deus nos ama demais para nos deixar perdidos. Ele vem pagar o preço da morte em nosso lugar. Assim, acabamos não recebendo aquilo que merecemos. Isso é misericórdia. E somente alguém puro e sem pecado é que poderia fazer isso. Desse modo, recebemos o perdão e a vida eterna. 


Receber aquilo que não merecemos é graça. É um presente que você pode somente aceitar e desfrutar.

Assim, você está livre da lei do carma quando o assunto é salvação. Deus interveio e pagou o preço por você. Nenhuma outra vida espera por você para que você seja castigado até pagar por todos os seus pecados. Em Jesus, a sua conta foi zerada. Jesus disse: "Eu vim para que tenham vida, e a tenham plenamente" (Jo 10, 10). 

Viva e seja grato por tudo o que Deus fez por você! E que toda boa obra sua seja fruto de gratidão por tanto amor imerecido.



Fonte: 
ORANDO EM FAMÍLIA 2013: JESUS É A RESSURREIÇÃO E A VIDA
Curitiba: Encontro Publicações, 2012.

quinta-feira, 4 de julho de 2013

CRISTO REVELADO

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Em 2013, estamos vivendo o Ano da Fé, conclamado pelo então Papa Bento XVI. Nele, somos chamados a nos aprofundarmos no conhecimento dos postulados de nossa fé e da doutrina cristã católica. Um dos grandes recursos para se alcançar este objetivo é a leitura e estudo do Catecismo da Igreja Católica (CIC).

Todavia, antes que se possa proceder ao estudo da Doutrina e à leitura da Palavra, é preciso se ter claro um dos pressupostos mais básicos de nossa fé: "Acreditamos realmente que Jesus é o Cristo, filho de Deus vivo?"

Sobre esta questão se debruça o Pe. José Antônio de Laburu em seu livro "Jesus Cristo é Deus?". Tal livro, com apenas 101 páginas, representa leitura obrigatória e indispensável a qualquer cristão, e deve figurar na cabeceira do católico juntamente com o Catecismo e a Sagrada Escritura.



Um dos primeiros argumentos lançados pelo Pe. José Antônio de Laburu, e que aqui se pretende humildemente demonstrar, é a constatação de que Jesus perfez as profecias que haviam sido reveladas por Deus aos judeus, muitos séculos antes do nascimento de Jesus.

O argumento parte do princípio de que o Antigo Testamento traz todos os vaticínios relativos ao Cristo, ao Ungido, o Servo que viria para salvar e expiar os pecados de Israel, e que tais vaticínios já se encontravam registrados no Velho Testamento mais de cinco séculos antes de Jesus - conforme a própria ciência laica atesta. Senão, vejamos.

  • Em 722 a.C.: Antes mesmo que os judeus do norte (Israel) rompessem relações com o povo dos samaritanos, há provas de que já se seguiam os ditames da Lei de Deus contida no Pentateuco.
  • Em 598-597 a.C.: Nabucodonosor da Babilônia ataca Judá (reino judeu do sul), cerca Jerusalém e obriga a rendição do último rei judeu, Jeconias, filho de Jeremias. O rei e os principais funcionários da corte são deportados para a Babilônia, iniciando-se aí o chamado Exílio da Babilônia. Nabucodonosor torna Judá um Estado vassalo e coloca no poder um judeu simpatizante chamado Sedecias.
  • Em 586 a.C.: Sedecias vinha sendo assediado internamente para se rebelar contra Nabucodonosor. Com o advento do ataque egípcio à Babilônia, Sedecias rebela-se. Porém, Nabucodonosor expulsa o invasor egípcio e retoma o controle das possessões da Babilônia, marchando sobre Jerusalém e depondo Sedecias. A cidade é invadida, o Templo de Salomão é destruído e ocorre a segunda e última grande deportação.
  • Em 539 a.C.: Ciro, da Pérsia, ataca e derrota a Babilônia, libertando os judeus e dando fim ao Exílio.
  • É durante o curso da duração do Exílio da Babilônia que os judeus se preocupam em transcrever em livros as suas tradições orais, para que a Lei e os ritos hebraicos se mantenham puros mesmo com a queda de Jerusalém. É no Exílio da Babilônia que se começa a redigir a compilação do Antigo Testamento, no qual todo o Plano de Deus para a vinda do Cristo já se encontrava delineado e registrado.
  • Há achados que comprovam que a "Versão dos 70", idêntica ao Antigo Testamento que temos hoje, já era encontrada no Egito em 130 a.C..
  • Ou seja, a descrição do Messias já estava completa há mais de cinco séculos antes de sua vinda e se encontrava de posse dos judeus. Tal é atestado pelos achados arqueológicos e pelos registros históricos da ciência laica com precisão de datas, comprovando que as profecias do Velho Testamento não foram editadas para conformar a figura posterior de Jesus.
  • Tais profecias e revelações de Deus podem ser observadas em vários trechos do Antigo Testamento, em especial os seguintes:
    • Em várias partes do Gênesis, nas quais Deus promete que a salvação de todas as nações virá da descendência de Abraão, da de Isaías, da de Jacó: ou seja, que viria do povo judeu;
    • Gn 49,10: o poder espiritual de Judá não cessará até a vinda do Messias;
    • Daniel 9, 24-27: Daniel profetiza, com precisão no tempo, que o Messias virá após setenta semanas (de anos), e que será morto pela prevaricação do povo judeu;
    • Malaquias 3, 1-5: virá o mensageiro da Aliança e purificará os filhos de Levi;
    • Miqueias 5, 1-4: o Messias virá de Belém;
    • Isaías 42, 1-9 e 53, 2-10: O Servo/Messias virá e será humilhado e morto por nossos pecados, mas por Seu sacrifício, o Plano de Javé triunfará;
    • Zacarias 11, 11-14: a Aliança seria quebrada por 30 moedas de prata;
    • Salmo 22, 17 e 19: as vestes do Messias serão repartidas e Ele terá mãos e pés perfurados;
    • Salmo 69, 22: na minha sede me deram vinagre;
    • Salmo 22, 8-9: se és filho de Deus, Salva-te a ti mesmo;
    • Zacarias 12, 10-12 e 13,1: chorarão pelo Messias transpassado pela lança, mas, a partir daí, os judeus terão uma fonte para lavar o pecado e a impureza. 

Estes são alguns dos trechos nos quais encontramos a prova da divindade de Jesus, mas o Pe. José Antônio de Laburu vai mais longe em sua argumentação, provando que Jesus é mesmo o Cristo ante ao escrutínio da ciência e de argumentos racionais.

A nós, católicos, quando assaltados pela dúvida e pela insegurança na fé, cabe a leitura e a reflexão de tais trechos, de maneira a termos claro que Jesus é o Filho de Deus, Nosso Senhor. Assim, convictos da presença de Cristo em nossas vidas, poderemos estudar com verdadeiro proveito a Doutrina e a Palavra, como bem nos pediu Bento XVI.


 

sexta-feira, 21 de junho de 2013

INSPIRAÇÕES PARA A JUVENTUDE

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Nosso país vive um momento único em sua história, no qual, mais uma vez, a energia do coração dos jovens se faz ouvir com muita ênfase. Se tais manifestações ainda causam confusão para muitos, que não conseguem compreender com clareza seus objetivos, é certo, ao menos, que a atual juventude brasileira deixou claro que não é apática e alienada como tantos a rotulavam.

Os auspícios por um mundo melhor, mais justo e solidário, não haviam morrido no coração dos jovens: apenas sua voz tardou a falar. Porém, ao ver que aqueles que deveriam zelar por estes ideais abandonaram seu encargo, utilizando-o, outrossim, para seu próprio benefício, a juventude não teve medo nem vergonha de tomar para si a responsabilidade de enfrentar o conformismo. Com seu exemplo, arrastou consigo toda uma nação, que hoje se questiona abertamente sobre as estruturas de desigualdade construídas em nosso país ao longo de décadas.

Para nós, cristãos católicos, tudo isso representa uma convergência de eventos cuja simbologia não se pode deixar passar despercebida. O ano das manifestações, em que a juventude brasileira saiu às ruas não para gritar contra um fato ou uma figura política, mas contra toda uma realidade de injustiça, é também o ano da maior reunião mundial da juventude católica, que ocorrerá justamente no Brasil: a Jornada Mundial da Juventude 2013!

Mais do que isso, vivemos o Ano da Fé, declarado pelo então Papa Bento XVI. Ano em que somos todos chamados a nos aprofundarmos no conhecimento e na prática da nossa fé - o que, por si só, nos leva a questionar e comparar a realidade atual com a mensagem que Cristo nos deixou.

Com isso, ao olhar atônitos um país inteiro se organizando, de maneira difusa, contra o atual estado das coisas, percebemos com clareza o quanto falta Deus em nossa sociedade. O quanto falta amor. A começar por aqueles que receberam o encargo de nos representar!

É em momentos assim que devemos nos apoiar em exemplos positivos. Exemplos de fé. Não por acaso, mas por verdadeiro favor da Providência, hoje (21/06) celebramos a memória daquele que é, para a Igreja, o Patrono da Juventude: São Luís Gonzaga.

São Luís Gonzaga era um jovem de família rica da nobreza italiana, frequentador da Corte dos Médicis e dos Habsburgos, amigo do Príncipe Diego da Espanha, mas que, contrariando os interesses de seu pai, optou pela vida religiosa. 

É um exemplo de pureza e tenacidade para os jovens, em meio às vaidades e tentações de seu tempo. A maior prova de sua fé e resiliência se deu ao manter-se firme em seu caminho, mesmo após seu pai, que não aprovava a escolha do filho, ter passado a levá-lo a festas mundanas.

Luís tinha quatorze anos quando venceu as resistências do pai, renunciou ao título a que tinha direito por descendência e à herança da família e entrou para o noviciado romano dos jesuítas. Lá escolheu para si as incumbências mais humildes e o atendimento aos doentes. Consta que, certa vez, Luís carregou nos ombros um moribundo que encontrou no caminho, levando-o ao hospital. Isso fez com que contraísse a peste que se espalhava em Roma em 1590. Morreu aos 21 anos, servindo às vítimas da epidemia que assolava a cidade.
Os restos mortais de São Luís Gonzaga se encontram depositados na belíssima igreja de Santo Inácio em Roma.
Fachada da Chiesa di Sant´Ignazio - Roma

Detalhes da fachada - Chiesa di Sant´Ignazio - Roma

Altar lateral em que repousa a urna contendo os restos mortais de São Luís Gonzaga
Chiesa di Sant´Ignazio - Roma

Detalhe do interior - Chiesa di Sant´Ignazio - Roma

Altar - Chiesa di Sant´Ignazio - Roma

Detalhe do interior - Chiesa di Sant´Ignazio - Roma
 
Além disso, amanhã, dia 22/06, celebra-se a memória de outro grande exemplo de fé para nós: São Thomas More.

São Thomas More foi um literato inglês, amigo do escritor Erasmo, que lhe dedicou sua obra prima Elogio da Loucura. O próprio More escreveu diversos livros sobre negócios civis e liberdade religiosa. Sua obra mais conhecida intitula-se Utopia.

Foi duramente contrário ao divórcio de Henrique VIII, que pretendia anular seu casamento a fim de unir-se a Ana Bolena. Recusou-se a comparecer à coroação da nova rainha e, por isso, foi preso e condenado à morte.

Mesmo ante a tais fatos, não deixou de lado a simplicidade, a simpatia e o bom humor cristão que lhe eram peculiares - o que nos serve de inspiração ainda hoje. Firme em sua fé, não temeu a morte. Pedindo ajuda para subir no cadafalso durante a execução, disse ao povo "morro leal a Deus e ao Rei, mas a Deus antes de tudo".

Abraçando o carrasco disse: "Coragem amigo, não tenhas medo! Mas como tenho o pescoço muito curto, atenção. Está nisso a tua honra!" Pediu então que não lhe estragasse a barba, porque ela, ao menos, não cometera nenhuma traição.

Tais exemplos de fé cristã irredutível, manifestados pelo abandono de si em favor dos mais necessitados, demonstrado por São Luiz Gonzaga, e pela ausência de medo de abraçar a Cristo ante à condenação do mundo, apresentado por São Thomas More, devem nos servir, neste momento de ebulição social, como guia e parâmetro de justiça.

Desejando, assim, durante este ano da fé e, às vésperas da JMJ 2013, ser mais e mais parecidos com os santos que tanto amaram a Ti, nos fazendo mais dignos das promessas de Teu Filho, pedimos:
Deus, nosso Pai, pela fé em Jesus Cristo, 
somos vossos filhos e irmãos uns dos outros. 
Todos estamos revestidos de Cristo
e somos herdeiros das promessas divinas. 
Nós vos agradecemos porque enviastes aos nossos corações
 o Espírito de Jesus que clama: 
"Abba, Pai!"
Obrigado Senhor, pois em Jesus vos conhecemos
e somos por vós conhecidos. 
Confessemos a verdadeira fé e confirmemos com o testemunho alegre,
 bem-humorado, simples e firme de nossa vida, 
aquilo que professamos 
com nossas palavras.
Fontes:
http://www.franciscanos.org.br
Os Santos de cada dia. J. Alves. São Paulo: Paulinas, 2008. 

quarta-feira, 5 de junho de 2013

ECOLOGIA HUMANA E ECOLOGIA AMBIENTAL CAMINHAM JUNTAS

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Catequese do Papa Francisco durante a Audiência Geral de 05 de junho de 2013:


Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

Hoje gostaria de concentrar-me sobre a questão do ambiente, como já tive oportunidade de fazer em diversas ocasiões. Também sugerido pelo Dia Mundial do Ambiente, promovido pelas Nações Unidas, que lança um forte apelo à necessidade de eliminar os desperdícios e a destruição de alimentos.

Quando falamos de ambiente, da criação, o meu pensamento vai às primeiras páginas da Bíblia, ao Livro de Gênesis, onde se afirma que Deus colocou o homem e a mulher na terra para que a cultivassem e a protegessem (cfr 2, 15). E me surgem as questões: O que quer dizer cultivar e cuidar da terra? Nós estamos realmente cultivando e cuidando da criação? Ou será que estamos explorando-a e negligenciando-a? O verbo “cultivar” me traz à mente o cuidado que o agricultor tem com a sua terra para que dê fruto e esse seja partilhado: quanta atenção, paixão e dedicação! Cultivar e cuidar da criação é uma indicação de Deus dada não somente no início da história, mas a cada um de nós; é parte do seu projeto; quer dizer fazer o mundo crescer com responsabilidade, transformá-lo para que seja um jardim, um lugar habitável para todos. Bento XVI recordou tantas vezes que esta tarefa confiada a nós por Deus Criador requer captar o ritmo e a lógica da criação. Nós, em vez disso, somos muitas vezes guiados pela soberba do dominar, do possuir, do manipular, do explorar; não a “protegemos”, não a respeitamos, não a consideramos como um dom gratuito com o qual ter cuidado. Estamos perdendo a atitude de admiração, de contemplação, de escuta da criação; e assim não conseguimos mais ler aquilo que Bento XVI chama de “o ritmo da história de amor de Deus com o homem”. Porque isto acontece? Porque pensamos e vivemos de modo horizontal, estamos nos afastando de Deus, não lemos os seus sinais.

Mas o “cultivar e cuidar” não compreende somente a relação entre nós e o ambiente, entre o homem e a criação, diz respeito também às relações humanas. Os Papas falaram de ecologia humana, estritamente ligada à ecologia ambiental. Nós estamos vivendo um momento de crises; vemos isso no ambiente, mas, sobretudo, no homem. A pessoa humana está em perigo: isto é certo, a pessoa humana hoje está em perigo, eis a urgência da ecologia humana! E o perigo é grave porque a causa do problema não é superficial, mas profunda: não é somente uma questão de economia, mas de ética e de antropologia. A Igreja destacou isso muitas vezes; e muitos dizem: sim, é certo, é verdade… mas o sistema continua como antes, porque aquilo que domina são as dinâmicas de uma economia e de uma finança carentes de ética. Aquilo que comanda hoje não é o homem, é o dinheiro, o dinheiro, o dinheiro comanda. E Deus nosso Pai deu a tarefa de cuidar da terra não ao dinheiro, mas a nós: aos homens e mulheres, nós temos esta tarefa! Em vez disso, homens e mulheres sacrificam-se aos ídolos do lucro e do consumo: é a “cultura do descartável”. Se um computador quebra é uma tragédia, mas a pobreza, as necessidades, os dramas de tantas pessoas acabam por entrar na normalidade. Se em uma noite de inverno, aqui próximo na rua Ottaviano, por exemplo, morre uma pessoa, isto não é notícia. Se em tantas partes do mundo há crianças que não têm o que comer, isto não é notícia, parece normal. Não pode ser assim! No entanto essas coisas entram na normalidade: que algumas pessoas sem teto morram de frio pelas ruas não é notícia. Ao contrário, a queda de dez pontos na bolsa de valores de uma cidade constitui uma tragédia. Um que morre não é uma notícia, mas se caem dez pontos na bolsa é uma tragédia! Assim as pessoas são descartadas, como se fossem resíduos.

Esta “cultura do descartável” tende a se transformar mentalidade comum, que contagia todos. A vida humana, a pessoa não são mais consideradas como valor primário a respeitar e cuidar, especialmente se é pobre ou deficiente, se não serve ainda – como o nascituro – ou não serve mais – como o idoso. 

Esta cultura do descartável nos tornou insensíveis também com relação ao lixo e ao desperdício de alimento, o que é ainda mais deplorável quando em cada parte do mundo, infelizmente, muitas pessoas e famílias sofrem fome e desnutrição. Um dia os nossos avós estiveram muito atentos para não jogar nada de comida fora. O consumismo nos induziu a acostumar-nos ao supérfluo e ao desperdício cotidiano de comida, ao qual às vezes não somos mais capazes de dar o justo valor, que vai muito além de meros parâmetros econômicos. Recordemos bem, porém, que a comida que se joga fora é como se estivesse sendo roubada da mesa de quem é pobre, de quem tem fome! Convido todos a refletir sobre o problema da perda e do desperdício de alimento para identificar vias que, abordando seriamente tal problemática, sejam veículo de solidariedade e de partilha com os mais necessitados.

Há poucos dias, na festa de Corpus Christi, lemos a passagem do milagre dos pães: Jesus dá de comer à multidão com cinco pães e dois peixes. E a conclusão do trecho é importante: “E todos os que comeram ficaram fartos. Do que sobrou recolheram ainda doze cestos de pedaços” (Lc 9, 17). Jesus pede aos discípulos que nada seja perdido: nada desperdiçado! E tem este fato das doze cestas: por que doze? O que significa? Doze é o número das tribos de Israel, representa simbolicamente todo o povo. E isto nos diz que quando a comida vem partilhada de modo igualitário, com solidariedade, ninguém é privado do necessário, cada comunidade pode satisfazer as necessidades dos mais pobres. Ecologia humana e ecologia ambiental caminham juntas.

Gostaria então que levássemos todos a sério o compromisso de respeitar e cuidar da criação, de estar atento a cada pessoa, de combater a cultura do lixo e do descartável, para promover uma cultura da solidariedade e do encontro. 

Obrigado.


Tradução: Jéssica Marçal/ Canção Nova
Fonte: www.zenit.org

 

terça-feira, 28 de maio de 2013

VOCÊ SABE POR QUE COMEMORAMOS CORPUS CHRISTI?

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Quinta-feira que vem é feriado em muitas cidades do país. Feriado de Corpus Christi.

Mas você, cristão, sabe por que se comemora este dia e qual a significância da festa de Corpus Christi para a nossa fé?

No vídeo abaixo, o Prof. Felipe Aquino nos explica quem primeiramente foi inspirada a sugerir a festividade, bem como o milagre da transubstanciação que acabou dando origem à festa de Corpus Christi:


Como explica o Prof. Aquino, a origem da Festa de Corpus Christi tem ligação direta com o milagre da transubstanciação (que é a mudança de uma substância noutra; mais especificamente, é a transformação do pão e do vinho no corpo e no sangue de Cristo, literalmente, na Eucaristia) ocorrido em Bolsena, na Itália, e transportado para Orvieto, ao sul da Região da Úmbria (aproximadamente 120 km ao norte de Roma) .

O corporale (toalha que recobre o altar) com a matéria da transubstanciação do Milagre Eucarístico de Bolsena ainda se encontra guardada num tabernáculo depositado na capela esquerda ("Cappella del Corporale") do Duomo de Orvieto, a belíssima igreja que é a catedral da cidade. Figurando dentre as maiores catedrais góticas da Europa, o Duomo de Orvieto é uma igreja que faz jus ao tesouro que guarda, possuindo uma fachada belíssima, rica em significância para os cristãos, como se pode ver nas fotos a seguir:









O Milagre Eucarístico de Bolsena, todavia, não é a única manifestação viva de Cristo já observada pela transubstanciação da Eucaristia. Um dos mais famosos é o de Lanciano, na Região dos Abruzzos, também na Itália. 

Mais recentemente, veio à público a ocorrência do Milagre Eucarístico de Buenos Aires, ocorrido em 1996, quando o Papa Francisco ainda era Arcebispo na capital argentina, e que foi mantido em segredo durante todo o período necessário para o escrutínio científico da transubstanciação. 

Na página abaixo, pode-se ler mais sobre essa manifestação mais recente, sendo ainda possível assistir a um vídeo no qual o Dr. Castanon, médico laico que procedeu à análise do sangue e da carne transubstanciados, fala da impossibilidade de explicação científica do fato:



Assim, que todos nós saibamos a real dimensão da festividade marcada para a próxima quinta-feira, e que nos façamos presentes nas inúmeras celebrações e procissões que ocorrerão, marcando com fé e alegria nosso reconhecimento ao Cristo Vivo, senhorio de nossa existência.


Redação e Pesquisa:
Depto de Comunicação, com auxílio da Coordenação do Núcleo
MCJ Ivoti

terça-feira, 21 de maio de 2013

HOMILIA DO SANTO PADRE FRANCISCO NA MISSA DO DOMINGO DE PENTECOSTES - 19/05/2013

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Amados irmãos e irmãs


Neste dia, contemplamos e revivemos na liturgia a efusão do Espírito Santo realizada por Cristo ressuscitado sobre a sua Igreja; um evento de graça que encheu o Cenáculo de Jerusalém para se estender ao mundo inteiro.


Então o que aconteceu naquele dia tão distante de nós e, ao mesmo tempo, tão perto que alcança o íntimo do nosso coração? São Lucas dá-nos a resposta na passagem dos Atos dos Apóstolos que ouvimos (2, 1-11). O evangelista leva-nos a Jerusalém, ao andar superior da casa onde se reuniram os Apóstolos. A primeira coisa que chama a nossa atenção é o estrondo ouvido que vem do céu, "comparável ao de forte rajada de vento", e enche a casa; depois, as "línguas de fogo" que se iam dividindo e pousavam sobre cada um dos Apóstolos. Estrondo e línguas de fogo são sinais claros e concretos, que tocam os Apóstolos não só externamente mas também no seu íntimo: na mente e no coração. Em consequência, "todos ficaram cheios do Espírito Santo", que esparge seu dinamismo irresistível com efeitos surpreendentes: "começaram a falar outras línguas, conforme o Espírito lhes inspirava que se exprimissem". Abre-se, então, diante de nós um cenário totalmente inesperado: acorre uma grande multidão e fica muito admirada, porque cada qual ouve os Apóstolos a falarem na própria língua. É uma coisa nova, experimentada por todos e que nunca tinha sucedido antes: "Ouvimo-los falar nas nossas línguas". E de que falam? "Das grandes obras de Deus".


À luz deste texto dos Atos, gostaria de refletir sobre três palavras relacionadas com a ação do Espírito: novidade, harmonia e missão.


1. A novidade causa sempre um pouco de medo, porque nos sentimos mais seguros se temos tudo sob controle, se somos nós a construir, programar, projetar a nossa vida de acordo com as nossas idéias, as nossas seguranças, os nossos gostos. E isto verifica-se também quando se trata de Deus. Muitas vezes seguimo-Lo e acolhemo-Lo, mas até um certo ponto; sentimos dificuldade em abandonar-nos a Ele com plena confiança, deixando que o Espírito Santo seja a alma, o guia da nossa vida, em todas as decisões; temos medo que Deus nos faça seguir novas estradas, faça sair do nosso horizonte frequentemente limitado, fechado, egoísta, para nos abrir aos seus horizontes. Mas, em toda a história da salvação, quando Deus Se revela traz novidade – Deus traz sempre novidade , transforma e pede para confiar totalmente n’Ele: Noé constrói uma arca, no meio da zombaria dos demais, e salva-se; Abraão deixa a sua terra, tendo na mão apenas uma promessa; Moisés enfrenta o poder do Faraó e guia o povo para a liberdade; os Apóstolos, antes temerosos e trancados no Cenáculo, saem corajosamente para anunciar o Evangelho. Não se trata de seguir a novidade pela novidade, a busca de coisas novas para se vencer o tédio, como sucede muitas vezes no nosso tempo. A novidade que Deus traz à nossa vida é verdadeiramente o que nos realiza, o que nos dá a verdadeira alegria, a verdadeira serenidade, porque Deus nos ama e quer apenas o nosso bem. 

Perguntemo-nos hoje a nós mesmos: Permanecemos abertos às "surpresas de Deus"? Ou fechamo-nos, com medo, à novidade do Espírito Santo? Mostramo-nos corajosos para seguir as novas estradas que a novidade de Deus nos oferece, ou pomo-nos na defensiva, fechando-nos em concepções ultrapassadas que perderam a capacidade de acolher o que é novo? Faríamos bem em nos questionarmos tais perguntas todo o dia.


2. Segundo pensamento: à primeira vista, o Espírito Santo parece criar desordem na Igreja, porque traz a diversidade dos carismas, dos dons. Mas não; sob a sua ação, tudo isso é uma grande riqueza, porque o Espírito Santo é o Espírito de unidade, que não significa uniformidade, mas a recondução do todo à harmonia. Quem faz a harmonia na Igreja é o Espírito Santo. Um dos Padres da Igreja usa uma expressão de que gosto muito: o Espírito Santo "ipse harmonia est – Ele próprio é a harmonia". Só Ele pode suscitar a diversidade, a pluralidade, a multiplicidade e, ao mesmo tempo, realizar a unidade. Também aqui, quando somos nós a querer fazer a diversidade fechando-nos nos nossos particularismos, nos nossos exclusivismos, trazemos a divisão; e quando somos nós a querer fazer a unidade segundo os nossos desígnios humanos, acabamos por trazer a uniformidade, a homogeneização. Se, pelo contrário, nos deixamos guiar pelo Espírito, a riqueza, a variedade, a diversidade nunca dão origem ao conflito, porque Ele nos impele a viver a variedade na comunhão da Igreja. 

O caminhar juntos na Igreja, guiados pelos Pastores – que para isso têm um carisma e ministério especial – é sinal da ação do Espírito Santo; uma característica fundamental para cada cristão, cada comunidade, cada movimento é a eclesialidade. É a Igreja que me traz Cristo e me leva a Cristo; os caminhos paralelos são muito perigosos! Quando alguém se aventura ultrapassando (proagon) a doutrina e a Comunidade eclesial – diz o apóstolo João na sua Segunda Carta - e deixa de permanecer nelas, não está unido ao Deus de Jesus Cristo (cf. 2 Jo v. 9). Por isso perguntemo-nos: Estou aberto à harmonia do Espírito Santo, superando todo o exclusivismo? Deixo-me guiar por Ele, vivendo na Igreja e com a Igreja?


3. O último ponto. Diziam os teólogos antigos: a alma é uma espécie de barca à vela; o Espírito Santo é o vento que sopra na vela, impelindo-a para a frente; os impulsos e incentivos do vento são os dons do Espírito. Sem o seu incentivo, sem a sua graça, não vamos para a frente. O Espírito Santo faz-nos entrar no mistério do Deus vivo e salva-nos do perigo de uma Igreja gnóstica e de uma Igreja narcisista, fechada no seu recinto; impele-nos a abrir as portas e sair para anunciar e testemunhar a vida boa do Evangelho, para comunicar a alegria da fé, do encontro com Cristo. O Espírito Santo é a alma da missão. O sucedido em Jerusalém, há quase dois mil anos, não é um fato distante de nós, mas um fato que nos alcança e se torna experiência viva em cada um de nós. O Pentecostes do Cenáculo de Jerusalém é o início, um início que se prolonga. O Espírito Santo é o dom por excelência de Cristo ressuscitado aos seus Apóstolos, mas Ele quer que chegue a todos. Como ouvimos no Evangelho, Jesus diz: "Eu apelarei ao Pai e Ele vos dará outro Paráclito para que esteja sempre convosco" (Jo 14, 16). É o Espírito Paráclito, o "Consolador", que dá a coragem de levar o Evangelho pelas estradas do mundo! O Espírito Santo ergue o nosso olhar para o horizonte e impele-nos para as periferias da existência a fim de anunciar a vida de Jesus Cristo. 

Perguntemo-nos, se tendemos a fechar-nos em nós mesmos, no nosso grupo, ou se deixamos que o Espírito Santo nos abra à missão. Recordemos hoje estas três palavras: novidade, harmonia, missão.


A liturgia de hoje é uma grande súplica, que a Igreja com Jesus eleva ao Pai, para que renove a efusão do Espírito Santo. Cada um de nós, cada grupo, cada movimento, na harmonia da Igreja, se dirija ao Pai pedindo este dom. Também hoje, como no dia do seu nascimento, a Igreja invoca juntamente com Maria: "Veni Sancte Spiritus… – Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor"! 

Amen.

Fonte: www.vatican.va

segunda-feira, 13 de maio de 2013

GRUPOS DE REFLEXÃO DO MCJ IVOTI

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GRUPO 01



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GRUPO 02




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GRUPO 03

 

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GRUPO 04  










terça-feira, 23 de abril de 2013

CONTAGEM REGRESSIVA PARA O IV ECJ/NH

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Nesta terça não tem post de reflexão no blog.

Estamos todos rezando e nos preparando para o IV Encontro de Casais Jovens de Novo Hamburgo. Mas a Providência nos favorece e, neste dia em que estamos em contagem regressiva para nosso tão esperado Encontro, lembramos a memória de São Jorge, valoroso soldado romano e santo mártir cristão, cuja couraça, espada e escudo representam a fé, a esperança e a caridade.

Assim, em prol de toda a equipe de trabalho do IV ECJ/NH, ofertamos a oração a São Jorge, conforme nos apresenta J. Alves:

"Deus, nosso Pai, por intercessão de São Jorge, vosso glorioso mártir, reascendei em nós hoje mais intensamente a luz de nossa fé. Que possamos sentir a vossa presença misericordiosa que tudo dispõe para o nosso bem. Senhor, guardai nossa vida de todo o mal e aliviai nossas aflições no tempo oportuno. Dai-nos também, a exemplo de São Jorge, a fidelidade a Cristo e a caridade para com os irmãos, e que possamos ser revestidos do amor verdadeiro. Que a couraça, a espada e o escudo de São Jorge nos protejam de todos os perigos e nos levem até Vós, Senhor de nossa vida e inspirador de todo o bem. Amém."

Uma ótima espera e uma abençoada semana a toda a família MCJ! "Por causa da Tua palavra, lançarei as redes"!