Movimento de Casais Jovens

Paróquia São Pedro Apóstolo - Ivoti

quarta-feira, 6 de março de 2013

ACOLHENDO O CHAMADO

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Neste último domingo que passou, dia 03 de março, se relembra a memória de São Marino. Ele foi um oficial do Império Romano, filho de família nobre, que viveu no século III. Quando estava para receber a vara de videira, símbolo de sua promoção a centurião do exército, um dos outros concorrentes, invejoso de Marino, acusou-o de ser cristão. 


É fato que, no ano de 260, já vigorava o édito de Galieno que preconizava a tolerância aos cristãos, mas nem todos os magistrados romanos admitiam tal convivência pacífica, persistindo, ainda, casos de intolerância – como o de São Marino.


O acusador de Marino levantou contra ele uma antiga lei que exigia que, antes de se receber uma promoção de dignatário romano, se oferecesse sacrifício aos deuses romanos como prova de fidelidade ao Imperador. Ante a isso, Marino disse não poder oferecer tal sacrifício, pois era realmente cristão. Todavia, por gozar do respeito e da admiração de seus pares, o juiz – chamado Aqueu – deu-lhe três horas para refletir sobre tal decisão e, então, retornar ao pretório para comunicá-la.


Ao sair dali, Marino foi abordado pelo Bispo Teotecno, que levou-o a uma igreja e, diante do altar, lhe apresentou uma espada e a Bíblia, dizendo que escolhesse o caminho que desejava seguir. Marino escolheu a Bíblia, recebeu a bênção do bispo, e retornou tranquilamente ao pretório.


Uma vez de volta, professou sua fé e seu amor a Cristo ante o magistrado e todos que ali estavam, recebendo imediatamente a pena capital. Ao martírio de São Marino estava presente um velho senador romano chamado Astério que, após a morte do santo mártir, pegou seu corpo e providenciou-lhe um sepultamento digno. Por tal razão, Astério veio a ser igualmente martirizado.  


Lembrando de São Marino, somos convidados a refletir sobre como estamos lidando com o chamado que recebemos de Cristo em nosso dia-a-dia. São Marino estava para receber o status de centurião, que lhe garantiria inúmeras vantagens e benefícios dentro do império, mas não aceitou vender sua fé pelo comodismo e pelo dinheiro. Hoje, gozamos de conforto e de facilidades muito maiores do que as existentes na época de Marino, a um custo muito menor. Ainda assim, quantas vezes o egoísmo, a ganância ou o preconceito direcionam nossas escolhas quotidianas, e nos impedem de sermos justos, generosos ou piedosos com as pessoas com quem convivemos?  Da mesma forma, quantas vezes nos entregamos aos maus hábitos e aos vícios, ou simplesmente não fazemos nada ante a uma injustiça?


Tudo isso faz com que acabemos por renegar a nossa fé e o amor que ela nos pede que levemos ao irmão. Jesus não deixa dúvidas quanto a isso e, em Lucas 11,23 nos afirma: "Quem não está comigo, está contra mim; e quem comigo não recolhe, dispersa".


Neste tempo de quaresma, que possamos refletir sobre o exemplo de São Marino e sobre a forma como recebemos e aceitamos  o chamado de Cristo em nossas vidas.



Pesquisa e Redação:
Departamento de Comunicação – MCJ Ivoti

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