Neste último domingo que passou,
dia 03 de março, se relembra a memória de São Marino. Ele foi um oficial do
Império Romano, filho de família nobre, que viveu no século III. Quando estava
para receber a vara de videira, símbolo de sua promoção a centurião do exército,
um dos outros concorrentes, invejoso de Marino, acusou-o de ser cristão.
É fato que, no ano de 260, já
vigorava o édito de Galieno que preconizava a tolerância aos cristãos, mas nem
todos os magistrados romanos admitiam tal convivência pacífica, persistindo,
ainda, casos de intolerância – como o de São Marino.
O acusador de Marino levantou
contra ele uma antiga lei que exigia que, antes de se receber uma promoção de
dignatário romano, se oferecesse sacrifício aos deuses romanos como prova de
fidelidade ao Imperador. Ante a isso, Marino disse não poder oferecer tal
sacrifício, pois era realmente cristão. Todavia, por gozar do respeito e da
admiração de seus pares, o juiz – chamado Aqueu – deu-lhe três horas para refletir
sobre tal decisão e, então, retornar ao pretório para comunicá-la.
Ao sair dali, Marino foi abordado
pelo Bispo Teotecno, que levou-o a uma igreja e, diante do altar, lhe apresentou
uma espada e a Bíblia, dizendo que escolhesse o caminho que desejava seguir. Marino
escolheu a Bíblia, recebeu a bênção do bispo, e retornou tranquilamente ao
pretório.
Uma vez de volta, professou sua
fé e seu amor a Cristo ante o magistrado e todos que ali estavam, recebendo
imediatamente a pena capital. Ao martírio de São Marino estava presente um velho
senador romano chamado Astério que, após a morte do santo mártir, pegou seu
corpo e providenciou-lhe um sepultamento digno. Por tal razão, Astério veio a
ser igualmente martirizado.
Lembrando de São Marino, somos
convidados a refletir sobre como estamos lidando com o chamado que recebemos de
Cristo em nosso dia-a-dia. São Marino estava para receber o status de
centurião, que lhe garantiria inúmeras vantagens e benefícios dentro do império,
mas não aceitou vender sua fé pelo comodismo e pelo dinheiro. Hoje, gozamos de conforto
e de facilidades muito maiores do que as existentes na época de Marino, a um
custo muito menor. Ainda assim, quantas vezes o egoísmo, a ganância ou o preconceito
direcionam nossas escolhas quotidianas, e nos impedem de sermos justos, generosos
ou piedosos com as pessoas com quem convivemos? Da mesma forma, quantas vezes nos entregamos
aos maus hábitos e aos vícios, ou simplesmente não fazemos nada ante a uma
injustiça?
Tudo isso faz com que acabemos
por renegar a nossa fé e o amor que ela nos pede que levemos ao irmão. Jesus
não deixa dúvidas quanto a isso e, em Lucas 11,23 nos afirma: "Quem
não está comigo, está contra mim; e quem comigo não recolhe, dispersa".
Neste tempo de quaresma, que
possamos refletir sobre o exemplo de São Marino e sobre a forma como recebemos
e aceitamos o chamado de Cristo em
nossas vidas.
Pesquisa e Redação:
Departamento de Comunicação – MCJ Ivoti
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