Movimento de Casais Jovens

Paróquia São Pedro Apóstolo - Ivoti

segunda-feira, 27 de junho de 2016

Devo acreditar/repassar "correntes de oração" que recebo pelos meios eletrônicos?

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As conhecidas “correntes de oração" – em que as pessoas pedem que se propague a devoção a um santo, sob a pena de maldição e desgraças – saíram dos bancos das igrejas e estão nos meios eletrônicos. Recebemos por e-mail, facebook, whatsApp, etc... Ainda que se admita, benevolamente, que essa iniciativa possa ter nascido com boa intenção – a de fazer crescer o amor a determinado santo –, o que se encontra em boa parte dessas correntes é uma realidade chamada superstição.

Superstição vem do latim superstitio, que quer dizer: remanescente, algo que sobrou. O mundo antigo foi evangelizado pelo Cristianismo, mas, infelizmente, em muitos lugares, ficaram resquícios da antiga religião, do paganismo. A superstição é isto: restos de mentalidade pagã na vida de pessoas já convertidas.

O Catecismo da Igreja Católica diz que esse pecado contra a virtude da religião acontece quando se atribui “eficácia exclusivamente à materialidade das orações ou dos sinais sacramentais, sem levar em conta as disposições interiores que elas exigem". Quando, por exemplo, um fiel, ao invés de converter-se e abandonar o pecado, acredita que vai se salvar porque usa o escapulário do Carmo, está pondo sua esperança na “materialidade" desta devoção, ao invés de assumir as “disposições interiores" que ela exige.

Do mesmo modo, quando se encontra, no banco de uma igreja, papéis lançando maldições caso cópias daquela oração não forem feitas e distribuídas em várias igrejas, não se deve temer. Esses tipos de ameaça certamente não têm lugar na verdadeira religião cristã. Os santos não precisam desse tipo de propaganda negativa para terem sua fama espalhada entre as pessoas.

É claro que é importante propagar a devoção e o amor aos santos: desse modo, eles podem ser conhecidos e invocados pelas pessoas, além de atuar como suas benfeitoras, do Céu, onde se encontram. Entretanto, essa propaganda não deve ser feita de modo supersticioso. As orações que fazemos devem comportar uma disposição em fazer a vontade de Deus. Quando Jesus nos ensinou a rezar, Ele disse: “seja feita a Vossa vontade", isto é, a divina, não a nossa.

No frontispício de uma dessas correntes de oração dedicadas a São Judas Tadeu, encontrava-se a seguinte absurdidade: “Eu quero, eu posso, eu faço, eu consigo". O verdadeiro Cristianismo não é assim: para que nossas orações sejam atendidas, é preciso que as conformemos à vontade de Deus; que o nosso coração deseje tão somente aquilo que Ele, desde toda a eternidade, quer nos conceder.

Bem, não podemos negociar com Deus graças ou pedidos; Ele sabe o que é melhor para nós. A corrente é uma espécie de superstição pois acreditam que se for quebrada Deus não atenderá nossas preces, ora isso é um absurdo, pois Deus no seu plano de amor fará o que for melhor para nós. Se Ele acha que merecemos ele nos dará, se não recebermos, é porque algo maior e melhor Ele providenciará.

Segue vídeo que retrata o tema: 



terça-feira, 21 de junho de 2016

Catolicismo x Espiritismo

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Segundo a Federação Espírita do Brasil, o "espiritismo é o conjunto de princípios e de leis,revelados pelos Espíritos Superiores, contidos nas obras de Allan Kardec que constituem a Codificação Espírita". A revelação é por eles obtida pela invocação dos mortos, cujos espíritos seriam aqueles mencionados na definição. Esta é só a primeira das muitas incompatibilidades existentes entre o espiritismo e o cristianismo.

De forma prática, um espírita não pode ser considerado cristão pois não crê nas verdades básicas do Cristianismo. Basta observar rapidamente os princípios que o regem para perceber a enorme diferença entre ambos.

A Sagrada Escritura, para eles, é um documento histórico que contém aspectos de verdade. Um livro cujo conteúdo moral deve ser seguido. A Palavra de Deus, para os católicos, é uma pessoa. É Jesus Cristo, que se fez carne e habitou entre nós. A Bíblia é uma forma de transmitir e receber a presença da pessoa que é Jesus. Ele é a Revelação do Pai. É o centro, o cume e o ápice da revelação divina, pois é o próprio Deus.

Da mesma forma, os católicos creem que Jesus Cristo é Deus Encarnado. A segunda pessoa da Santíssima Trindade. O homem não poderia, por sua própria capacidade, alcançar Deus, ir até Ele. Assim, em sua infinita bondade e misericórdia, Deus se fez homem e habitou entre nós, na pessoa de Jesus Cristo.

A Igreja, para os católicos, é o Corpo de Cristo. Jesus é a cabeça e a Igreja é o seu corpo vivo inserido na história. Para estar em plena sintonia com Cristo é preciso ser membro da Igreja. Assim, o Cristianismo não é apenas uma doutrina, mas um acontecimento, pois o próprio Deus encarnado irrompe na história temporal e se encontra com o homem.

Além disso, Jesus Cristo é o Salvador. A sua morte na Cruz significa a redenção. Nas religiões pagãs é o próprio homem quem se salva; por isso, o espiritismo pode ser encaixado como pagão, ao pregar a reencarnação.

Trata-se de um outro mundo, completamente diferente. O espiritismo é o avesso do cristianismo. Não é possível ser católico e espírita, pois estes últimos não são cristãos, eles não acreditam que Jesus seja Deus, que Ele morreu e ressuscitou, que é o Salvador do mundo, não acreditam na Igreja, nos sacramentos, nos demônios - que para eles seriam apenas almas desencarnadas num estágio inferior -, nem nos anjos - que seriam apenas almas desencarnadas num estágio superior -, nem mesmo na intercessão dos santos, nem num lugar de destaque onde estão os santos e santas de Deus. Enfim, é tudo muito diferente.

Se é assim, por que tantos espíritas se dizem católicos? Por desonestidade dos dirigentes, os quais usam a propaganda de que não há incompatibilidade para ‘pescar’ católicos ingênuos e mal formados.

Seria muito salutar para ambos os lados se fosse informada a realidade pungente de que existe sim uma profunda e irremediável incompatibilidade entre o espiritismo e o catolicismo, pois são religiões em tudo diferentes e que não é possível pertencer às duas.

Abaixo segue vídeo esclarecedor sobre o tema: 




segunda-feira, 13 de junho de 2016

Um cristão acredita em horóscopo?

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Um verdadeiro cristão não acredita em horóscopo. Ainda que se trate de uma das práticas supersticiosas mais difundidas em nossa sociedade, o horóscopo não serve para predizer os futuros atos livres das pessoas. Além disso, o futuro não é efeito dos movimentos ou posições dos astros.





O Catecismo da Igreja Católica é taxativo ao afirmar que os horóscopos devem ser rejeitados.

Sim, o Catecismo da Igreja Católica afirma que “todas as formas de adivinhação devem ser rejeitadas”. Pois bem, entre as variadas formas de adivinhação, o Catecismo menciona as seguintes: “recurso a Satanás ou aos demônios, evocação dos mortos ou outras práticas supostamente ‘reveladoras’ do futuro. A consulta dos horóscopos, a astrologia, a quiromancia, a interpretação de presságios e de sortes, os fenômenos de vidência, o recurso aos ‘médiuns’, tudo isso encerra uma vontade de dominar o tempo, a história e, finalmente, os homens, ao mesmo tempo que é um desejo de conluio com os poderes ocultos. Todas essas práticas estão em contradição com a honra e o respeito, penetrados de temor amoroso, que devemos a Deus e só a Ele” (CIC 2116).
Querer conhecer o futuro é pretender ser igual a Deus – pretensão tão soberba quanto absurda. Devemos confiar nossa vida à Providência divina, confiar em Deus como o Pai que Ele é.

Mas a consulta aos horóscopos não deve ser rejeitada somente “porque a Igreja diz”: existem outros motivos.
Primeiramente, devemos dizer que a crença em horóscopos é perigosa; é quase como acreditar em outra religião. Existem pessoas que tentam nos fazer acreditar que não somos livres, mas que estamos determinados em tudo pelo nosso signo do zodíaco. Não seria a pessoa quem realiza sua própria vida, mas todo o seu agir estaria dirigido por uma força estranha proveniente das estrelas. 
Nada do que os horóscopos afirmam está cientificamente provado. O que dizem sobre os sagitarianos hoje, por exemplo, dirão sobre os piscianos amanhã. É triste o fato de que continuem escrevendo horóscopos; mas pior ainda é saber que existem pessoas que acreditam em tudo o que leem.

O que se pode fazer no campo da educação, particularmente na formação espiritual? 
É preciso instruir a inteligência e a consciência. O horóscopo é efeito da antiga astrologia, não da astrologia natural, que é mãe da astronomia; trata-se da astrologia judiciária, que se empenhava em descobrir a influência dos astros sobre o destino dos homens e das coisas. 
Neste sentido, é preciso situá-lo dentro do fenômeno mais amplo das “artes da adivinhação”, entre as quais a adivinhação do que ocorreria a cada hora tinha muito peso entre os persas e os egípcios (“oros-scopeo” significa “horas-olhar”). Os antigos astrólogos observavam o universo a cada hora, cada dia, cada período, esperando encontrar nisso desde a previsão do clima até as causas ou os avisos sobre os acontecimentos sociais, bélicos, religiosos ou sanitários.

Também é preciso analisar os traços históricos da astrologia e reconhecer seus efeitos na cultura. A astrologia judiciária se dividiu, às vezes, em vários setores: a mundial, que vê os processos na história e na política; a genética ou individual, para predizer os acontecimentos pessoais; a horária ou de consultório, que busca a resposta, mediante consulta, para perguntas concretas de pessoas interessadas.

É evidente que a predição prospectiva, a análise dos resultados que dependem de variáveis observáveis, mais do que adivinhação, é predição e previsão, com mais ou menos grau de probabilidade. Assim acontece com o tempo atmosférico ou com a evolução de uma doença. Mas a predição do que ocorre por causas livres é evidentemente um engano, uma predição jogando ao azar, ao cálculo de probabilidades, que é o que acontece nas casas lotéricas e na maior parte dos prognósticos humanos.

Finalmente, convém também ensinar cada pessoa a se desfazer de superstições e crenças que possam prejudicar a convivência. Tal pode ser o cultivo de atitudes deterministas ou fatalistas, sejam teológicas (Deus decide tudo sem nós), biológicas (o corpo tem mecanismos cegos e irresistíveis) ou sociológicas (o homem depende das suas circunstâncias). Evitar isso também é ajudar a lutar pela liberdade na vida e, portanto, trabalhar pela conquista do amor como dom que os homens podem vivenciar.

Por isso, é importante ajudar todos a defender-se dos que propagam os horóscopos, que são adivinhadores e astrólogos que geralmente pretendem viver explorando a credulidade dos ingênuos e buscando ganhar dinheiro à custa disso.

A atitude da Igreja com relação aos horóscopos sempre foi de condenação sem paliativos. A Igreja sempre condenou e rejeitou todo o relativo a adivinhação, espiritismo e cultivo de crenças vãs. Recordou sempre que o mundo foi criado por Deus e se rege pelas leis naturais e pelos cuidados especiais da Providência.

Em tempos antigos, já houve sínodos e concílios, como o de Toledo (ano 400) e o de Braga (em 561), que rejeitaram frontalmente o culto ou cultivo da astrologia.

Para viver, as pessoas precisam de esperança, serenidade, algo em que apoiar-se. Os que acreditam que Deus é providente e reconhecem que tudo o que acontece é porque Ele quer ou permite, não precisam de outros apoios. Os que não têm esse eixo fundamental em seu pensamento buscam, com mais ou menos afinco, segundo sua cultura e sua sensibilidade, os caminhos do azar, da aventura, para esconder suas desventuras, sobretudo quando se sentem em perigo ou são desconfiados. “Mundus vult decipi”, diziam os antigos, isto é, “o mundo quer ser enganado”.

quinta-feira, 9 de junho de 2016

Benefícios do método de ovulação Billings

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Continuando as formações sobre o Método Billings, abaixo seguem alguns benefícios de sua utilização: 



Sem efeitos colaterais: O Método de Ovulação Billings não modifica nem prejudica o funcionamento do corpo. Por ser natural, não traz os problemas muitas vezes causados pelos métodos químicos, como dor de cabeça, aumento de peso, perda da libido, entre tantos outros.

Ajuda a monitorar a saúde reprodutiva: Permite observar a ação dos hormônios em cada período do ciclo menstrual e perceber rapidamente qualquer sinal de alteração ou mau funcionamento do sistema reprodutor feminino.

Sem custos: Para ser usuário basta procurar a orientação de um instrutor habilitado e fazer a anotação diária das sensações em um simples gráfico.

Responsabilidade compartilhada: Marido e mulher aprendem a reconhecer, a cada dia, se estão férteis ou não, e decidem juntos se terão relações sexuais, conforme queiram engravidar ou espaçar uma gravidez. Os esposos tomam para si a responsabilidade e o controle sobre o seu planejamento familiar, não tendo que confiar essa importante função a medicamentos ou dispositivos que muitas vezes falham.

Aprofunda a intimidade: Os períodos de abstinência podem ajudar o casal a descobrir novas maneiras de expressar seu amor. Favorecem o diálogo e um conhecimento mais profundo e completo do outro, desenvolvendo a intimidade e melhorando a qualidade das relações sexuais.

Exercita o verdadeiro amor: Permite assegurar o bem do outro, preocupar-se com o que o outro necessita, doar-se quando a ocasião o requer. O controle dos impulsos, em geral, e dos impulsos sexuais, em particular, favorece o crescimento do amor do casal, pois confirma o amor existente entre esses.

Abertura à vida: Muitos casais com razões para evitar uma gravidez abrem suas portas a um novo filho depois de alguns meses de uso do método, pois enriquecem sua afetividade, melhoram sua harmonia conjugal, e começam a perceber o grande dom que é transmitir a vida, querendo tornar-se participantes deste dom.



Sexualidade integral: O respeito aos ciclos naturais e a abertura à vida são caminho para compreender e viver a sexualidade de maneira completa e livre, de acordo com a verdadeira vocação dos esposos, que santifica e realiza plenamente. Proporciona ao casal encontros pessoais cada vez mais profundos, encontros que os fazem ser cada vez mais “uma só carne”.


Reforçando: Para um casal se tornar usuário do Método Billings, é aconselhável que procure um casal orientador cadastrado na CENPLAFLAM (CONFEDERAÇÃO NACIONAL DE PLANEJAMENTO NATURAL DA FAMÍLIA). Disponibilizamos aqui o e-mail do departamento de comunicação do MCJ, caso alguém tenha interesse em saber quem são os casais orientadores da Diocese de Novo Hamburgo, nos contate que estaremos enviando os nomes e telefones. 


E-mail: comunicacao.mcj.iv@gmail.com 

Encerramos aqui as postagens sobre o MOB, o intuito não foi de aprofundar o assunto, mas sim de comunicar aos casais que o método existe, que é seguro e comprovado cientificamente! Ficamos a disposição para maiores esclarecimentos!


segunda-feira, 6 de junho de 2016

Método Billings: Perguntas e respostas.

Um comentário
Continuando as formações sobre o Método Billings, hoje estamos trazendo uma entrevista com o Dr. Agostino Bertoldi, médico, presidente da Confederação Nacional de Planejamento Natural da Família (Cenplafam) de Curitiba (PR), que nos aponta a opção pelo método natural como forma de planejar uma família aberta à vida, inclusive sendo utilizado por casais com dificuldades para engravidar. Dr. Agostinho Bertoldi trabalha, há 25 anos, junto aos casais no planejamento natural.







O método Billings funciona? Qual o seu fundamento científico?

Dr. Agostinho Bertoldi – O planejamento natural da família é um complexo que atinge a fecundação do casal. E a base da aplicação do método natural que mais trabalhamos é o método de Ovulação Billings. O método de Ovulação Billings tem uma eficácia no sentido de dar segurança e garantia aos casais, equivalente a qualquer outro método. Quando ele é bem compreendido e aplicado pelo casal, a eficácia é próxima a 100%. Nenhum método dá uma eficácia de 100%, mas a eficácia do método natural se aproxima muito dos 100%.
A gente deve entender o seguinte: porque o método é bom, cientificamente bem estruturado, com eficácia segura e como ele atende a todas as linhas doutrinárias dos princípios da Igreja sobre a geração dos filhos, então a Igreja aprova o método natural. Não é um método da Igreja, porque ele não surgiu no seio da Igreja, mas no seio da comunidade cientifica. Vários pesquisadores e a literatura médica registra toda essa evolução dos métodos naturais, não só do Billings, mas o da temperatura e do Ogino Knaus. São métodos que tem um embasamento científico seguro e tem todo respaldo científico. Infelizmente, ficou uma interpretação errônea de que ele seria um método da tabelinha. Na estruturação do método de ovulação Billings participaram alguns nomes de destaque da pesquisa e medicina mundial, como o Dr. Eric [Odeblad], que é considerado a principal autoridade médica e científica no estudo do muco cervical e esse pesquisador faz parte da equipe do Billings. E assim, outros médicos, como Dr. Brown e o próprio Dr. Billings. Ele era um ‘católico de Bíblia’, praticante, um homem extraordinário com sua esposa Evelyn. Eles trabalharam a questão no campo científico. E por ser um trabalho sério e seguro é que a Igreja aconselha seus casais para que considerem a alternativa natural através do método de Ovulação Billings.

Como fazer com o que os casais entendam que não se trata de um método para se evitar filhos, mas para planejar também?

Dr. Agostinho Bertoldi – Os métodos artificiais ou dito contraceptivos, o próprio termo está definindo o objetivo do método, ou seja, são métodos contra a concepção. E é só no método natural que o casal tem a possibilidade de usar ou para evitar uma gravidez, porque o casal está fazendo um planejamento no momento mas tem a possibilidade de gerar uma vida e usa o método para espaçar uma gravidez, ou para postergar uma gravidez para que ela aconteça no momento mais favorável da vida do casal.
No nosso centro de Curitiba, temos um convênio com a Secretaria Municipal de Saúde, para casais que estejam com alguma dificuldade para obter uma gravidez. Através do centro de saúde eles são encaminhados para o nosso centro de planejamento. Marido e mulher são orientados, tanto no sentido da fertilidade como no apoio psicológico. Nós temos psicólogos que dão todo apoio a esses casais, que muitas vezes já estão um pouco estigmatizados, com medo da esterilidade. Temos, no nosso centro, uma estatística que se aproxima de 150 nascimentos de casais que eram rotulados como estéreis e impossibilitados de uma gravidez. Muitos deles já tinham, inclusive, passado por centros de reprodução e não obtiveram sucesso. Com a atenção dada a eles no centro de planejamento natural, aliando conhecimento do método natural com atendimento psicológico, eles obtiveram a tão esperada e sonhada gravidez.

Existe alguma restrição? Ou todas as mulheres, inclusive as que não tem um ciclo regular, podem fazer?

Dr. Agostinho Bertoldi Como o método não é de conta de calendário, não enquadra a mulher com seus ciclos numa regra fixa, mas é personalizado e se adapta à condição fisiológica de cada mulher, a cada ciclo. Nós estamos vivendo tempos em que uma série de fatores (fatores muito estressantes na vida da mulher e com as mudanças nos padrões de vida feminina), [fazem] os ciclos ter algumas variações. Mas como o método da ovulação se baseia na observação, nos fenômenos fisiológicos que acontecem no organismo feminino, o método traduz para a mulher, através dos seus sintomas, o que está acontecendo no interior do seu organismo, como a hipófise está funcionando, como está se relacionando com os ovários, como estes estão se relacionando com o útero, com as glândulas do canal cervical produzindo o muco…

Toda essa integração acontece no organismo feminino e tem algumas variáveis, mas como o método da ovulação não é restritivo, ele se aplica em qualquer situação, em qualquer ciclo e, às vezes, até em várias fases da mulher. Se aplica até quando o casal já definiu o número de seus filhos, mas pode continuar usando o método para ajudar na fecundidade do amor do casal. Depois da fecundidade biológica, ele consegue alimentar o amor do casal para que viva bem e para que trate de modo amoroso os seus filhos.

O método é indicado também para um autoconhecimento. As mulheres que não estão fazendo um planejamento familiar, tem algum benefício?

Dr. Agostinho Bertoldi – A gente tem experiência, em cursos e encontros de noivos, quando perguntamos se alguma noiva sabe se está ovulando e se teriam condição de dizer de algum elemento efetivo para esta definição. Praticamente nenhuma tem conhecimento. E quando a gente diz “se vocês nem tem conhecimento se tem ciclos ovulatórios ou não, vocês tomando pílula e sabendo o mecanismo de ação, estão inibindo uma função que nem ter certeza se tem”, elas ficam todas assustadas. Quando damos no curso todas as informações bem detalhadas e cientificamente bem corretas, elas ficam muito atentas e descobrem que podem, a partir da sua menstruação, a partir dos sintomas da ovulação, conhecer melhor como funciona o seu organismo.
Às vezes, o método é até aconselhável a adolescentes, não como método a ser usado, mas como método de transmissão de saber, pois como tudo hoje fica mais precoce, é melhor que aprendam direitinho e do modo correto. As moças, principalmente, devem aprender também a se conhecer para valorizar mais o seu corpo, a natureza das funções.

Se a mulher fizer o método sem o marido, a eficácia é a mesma?

Dr. Agostinho Bertoldi – A gente insiste que o método natural é um método do casal e não só da mulher. E isso o difere muito de um método contraceptivo, em que a mulher pode tomar a pílula independente da participação ou da anuência do marido. Para que o método tenha realmente eficácia, deve ser do casal. Se o marido se nega a participar, a compreender e a entrar na descoberta do ciclo dos períodos férteis e inférteis, então fica muito difícil. A gente, muitas vezes, diz se é justo colocar sobre a mulher a carga de levar um planejamento natural sem a participação, a aprovação e a colaboração do companheiro. Essa diferença é esse essencial: é um método do casal.

O casal consegue desenvolver o método sem uma instrutora? Como proceder em regiões onde o número de instrutores não é suficiente para atender à toda aquela população?

Dr. Agostinho Bertoldi – Eu tenho dito: não adianta pregar a doutrina sem os instrumentais que a viabilizem. Eu tenho dito aos nossos padres e bispos que, se eles querem que os casais se motivem, sigam a Doutrina e façam um bom planejamento com responsabilidade, que criem condições de atendimento, porque se não, é colocar carga em cima das pessoas, sem que elas possam carregá-la. 

Nós precisamos trabalhar, enquanto Igreja, no sentido de oferecer às pessoas, aos casais, o instrumental para que possam colocar em prática a doutrina. Se não, a doutrina fica na prateleira das nossas bibliotecas e os casais vão fazendo aquilo que podem, e o que o médico indica, eles fazem. São tão poucos os casais que seguem os métodos naturais porque não tem, à disposição, os serviços bem organizados e na proximidade onde vivem.

E sobre a atuação com os casais, já teve alguma experiência marcante?

Dr. Agostinho Bertoldi – Uma das coisas marcantes é essa parceria com a Secretaria Municipal de Saúde. Inclusive o próprio pessoal da prefeitura está interessado que a gente elabore um trabalho mostrando como são as atividades e os resultados, também para ser divulgado. E em termos de gerar a vida, nós temos testemunhos muito fortes de vários casais. Quando a gente vai à uma comunidade e sai pelo menos um casal que trilha esse caminho, eles ficam muito contentes em dar testemunho que aplicam o método natural, do benefício que traz para a vida do casal, para a saúde, para a fecundidade no amor. Nesses encontros, sempre há alguém com um testemunho bem eloqüente.

  
Lembramos que para um casal se tornar usuário do método billings, é aconselhável procurar um instrutor de sua diocese. No final das formações, disponibilizaremos uma lista com o nome de todos os casais habilitados pela CENPLAFAM a orientarem o método Billings na Diocese de Novo Hamburgo. 

quinta-feira, 2 de junho de 2016

Você já ouviu falar do Método de Ovulação Billings?

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Nas próximas postagens, faremos uma série de formações sobre o MOB (Método de Ovulação Billings), acompanhe e conheça mais sobre esse método natural, que a Igreja Católica orienta os casais a utilizarem.





O Método da Ovulação Billings é uma presente de Deus para a vida da Mulher! E este presente foi dado pelas mãos do casal Billings, médicos cientistas que juntamente com a sua equipe de colegas organizaram uma metodologia que pudesse contribuir com as mulheres no sentido de que as mesmas pudessem identificar os seus sinais e sintomas de fertilidade.

Eles sabiamente se utilizaram da natureza para explicarem o Método. Consideramos o corpo de uma mulher como a terra, na qual gostaríamos de plantar uma semente. A terra deverá ser quente e úmida para que a semente germine. Algo semelhante ocorre no corpo da mulher que vai conceber uma criança. Quando a mulher está na fase fértil de seu ciclo, isto é, quando pode conceber uma criança, seu corpo produz uma secreção mucosa especial. Este fluxo mucoso é produzido no colo do úterino e tem como função de nutrir, proteger, selecionar e conduzir espermatozóides até as tubas uterinas  da mulher.

O ser humano, como a semente, não pode crescer sem umidade. Enquanto a mulher realiza suas tarefas cotidianas, pode saber que sua fase fértil iniciou quando sente uma sensação de umidade ou molhada ou escorregadia e observa o fluxo mucoso que no início  é opaco e pegajoso e depois, pouco a pouco, se torna mais claro e elástico, e depois tanto a sensação , como a observação da presença do fluxo mucoso começa a regredir e a mulher volta novamente ao seu tempo infértil.

Este período de fertilidade, é também denominado como período ovulatório, pois num destes dias acontecerá a ovulação,que é a saída do ovo maduro da mulher e este ficará disponível para a fertilização menos que 24 horas. A mulher saberá reconhecer através do Método qual destes dias férteis é o sinal da ovulação.

Quando o casal quer evitar uma gravidez, deve abster-se de qualquer contato genital (e não corporal) nos dias reconhecidos como dias férteis (presença de sensação e observação do muco) e se desejar a gravidez devem manter o contato genital nestes dias férteis onde num destes dias ocorrerá a ovulação.

O Método da Ovulação é aplicável em todas as variações da fisiologia reprodutiva da mulher, tanto normal como patológica:
1- Ciclos regulares; 2- Ciclos irregulares;  3- Ciclos não ovulatórios 4- Amamentação; 5- A pré-menopausa; 6- Estresse ou tensão emocional; 7- Baixa fertilidade;

A mulher que deseja utilizar o Método de Ovulação Billings é instruída para não fazer qualquer investigação interna na vulva. Ela é instruída a ficar atenta, durante todo o dia, às mudanças de sensação na vulva. Esta observação valiosíssima pode ser feita a qualquer hora e em qualquer lugar. Quando for conveniente, a mulher faz sua observação visual, caso haja quantidade de muco para ser vista.

A mulher é instruída a partir de suas observações  para anotar num gráfico, usando as suas próprias palavras para descrever as observações, as sensações e o que acha necessário para o seu bom entendimento dos seus períodos férteis. A mulher sem instrução poderá utilizar as cores para identificar os períodos do seu ciclo menstrual.

É evidente que o Método da Ovulação Billings é uma filosofia tanto quanto uma técnica e que as instrutoras têm uma motivação básica para ajudar casais a viverem juntos em harmonia e a obterem grande felicidade em razão de sua relação sexual física.

Eficácia do método: Quando ele é bem compreendido e aplicado pelo casal, a eficácia é de 99%. Nenhum método dá uma eficácia de 100%, mas a eficácia do método natural se aproxima a 100%.

É importante ressaltar que para um casal se tornar usuário, deve procurar um casal instrutor de sua diocese, na Diocese de Novo Hamburgo existem alguns casais habilitados pela CENPLAFLAM (CONFEDERAÇÃO NACIONAL DE PLANEJAMENTO NATURAL DA FAMÍLIA), a disposição que orientam voluntariamente. 

quarta-feira, 1 de junho de 2016

Como passar os valores cristãos para meus filhos?

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A Igreja ensina que os primeiros catequistas dos filhos são os pais. É no oxigênio cristão do lar que os filhos se tornam cristãos. Por isso, é preciso que os pais vivam a fé católica, conheçam a doutrina cristã, frequentem os sacramentos, leiam com os filhos a Palavra de Deus, cultivem a moral católica e rezem com os filhos em casa.
São Paulo ensina aos romanos que “a fé entra pelo ouvido”. “E como crerão naquele de quem não ouviram falar? E como ouvirão falar, se não houver quem pregue?” (Rom 10,15). É ouvindo os ensinamentos cristãos dos pais que os filhos vão sendo doutrinados na fé. É no colo da mãe e do pai que os filhos aprendem a crer em Deus, respeitar tudo o que é sagrado, rezar o santo Terço, amar a Virgem Maria, os Anjos e os santos. É com os pais que os filhos devem aprender as verdades bases de nossa fé, os doze artigos do Credo, os sete sacramentos, os Dez Mandamentos e a maneira correta de viver a vida como cristãos.
Dom Bosco dizia que educar os filhos é “formar bons cristãos e honestos cidadãos”. Nem sempre a escola dá às crianças uma educação moral correta. Dá-nos arrepios quando lemos que os governantes querem colocar nas escolas ensinamentos morais que contradizem a fé católica, ensinando por exemplo, uma deseducação sexual, sem castidade e sem pudor. Que tristeza saber que se ensina em muitas escolas os jovens a usarem “camisinhas” e, até em algumas, colocarem maquinas de distribui-las aos jovens, fomentando a promiscuidade e a vivência sexual fora do plano de Deus. É por isso que os pais precisam ficar muito atentos sobre tudo o que seus filhos estão aprendendo e vendo nas escolas hoje. Há cartilhas sobre “educação sexual” em algumas escolas públicas, que são verdadeiras aberrações.
Mas, para que os pais possam passar a seus filhos a boa educação católica é preciso amá-los de todo coração; gastar tempo com eles, estar com eles, aceitar renunciar seus momentos de diversão para gastar tempo com eles. Sem isso, não é possível conquista-los e educa-los como devem. Sem conquista-los, não é possível falar das coisas de Deus para eles de maneira convincente e que eles aceitem. O filho que não gosta do pai, porque é maltratado por ele, humilhado por ele, não pode aprender a amar a Deus com ele. O pai da terra é a primeira noção que o filho tem do Pai do céu.
É nos momentos de convívio, na hora do almoço e do lanche, nas conversas nos passeios, que os pais devem aproveitar para ir moldando a fé e o comportamento dos filhos segundo a fé da Igreja. São os pais que devem ensinar os filhos as boas maneiras, o respeito a cada pessoa, especialmente com os mais velhos, deficientes e pobres. É no lar que a criança precisa aprender com os pais o que é o caráter, a honradez, a justiça, o amor, a pureza, a bondade, o desprendimento, a humildade, a dizer sempre a verdade, a trabalhar. Enfim, o lar deve ser primeira escola de virtude e de bons valores. O povo diz, com sabedoria, que “filho de peixe” é peixinho.
O livro do Eclesiástico, no capitulo 30, ensina como os pais devem educar os filhos. “Aquele que dá ensinamentos a seu filho, será louvado por causa dele” (v.2). “Um cavalo indômito torna-se intratável, uma criança entregue a si mesma torna-se temerária” (v.8). “Não lhe dês toda liberdade na juventude, não feches os olhos às suas extravagâncias” (v. 11).
Os educadores são unânimes em dizer que a gente educa os filhos muitos mais pelos exemplos do que pelas palavras. Então, os pais devem ter todo o cuidado com o seu comportamento diante dos filhos. Se o pai mente, o filho aprende a mentir; se o pai fala palavrões, o filho repete; se a mãe é preguiçosa e desleixada, a filha a imita; se os pais rezam, os filhos rezam, naturalmente, sem dificuldade.
Disso tudo vemos a importância que a família tem na formação na criança. E que dizer de muitas crianças que não tem um pai a seu lado, porque ele abandonou sua mãe? A base de tudo é a família. O filho tem o direito de ter um pai, uma mãe, um lar, ser amado e educado com todo amor.
Prof. Felipe Aquino

Sete conselhos do Papa Francisco para as famílias

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1 – Diálogo entre mãe e filhos
Papa Francisco, em seus discursos e mensagens no Twitter, deixa sete conselhos para as famílias
O espírito de amor que reina numa família guia tanto a mãe quanto o filho nos seus diálogos, nos quais se ensina e aprende, se corrige e valoriza o que é bom.
2 – Não dormir sem se reconciliar
Não acabeis o dia sem fazer as pazes. A paz se faz, de novo, a cada dia em família. Um “desculpe-me” e assim se recomeça. “Com licença”, “obrigado” e “desculpe-me”! Podemos dizê-los juntos? Pratiquemos essas três palavras em família, perdoando-se a cada dia!
3 – Trocai afetos entre si
“A família é o lugar onde nós recebemos o nome, é o lugar dos afetos, o espaço de intimidade onde se aprende a arte do diálogo e da comunicação interpessoal”.
4 – Visitar os santuários e locais de peregrinação
«Caminhar juntos para os santuários e participar em outras manifestações da piedade popular, levando também os filhos ou convidando outras pessoas, é em si mesmo um gesto evangelizador». Não coarctemos nem pretendamos controlar essa força missionária.

5 – Ler juntos o Evangelho

“Seria maravilhoso rezar juntos em família o terço. A oração faz com que a vida familiar torne-se ainda mais sólida.” Twitter de 6 de maio de 2013
“Uma família iluminada pelo Evangelho é uma escola de vida cristã. Nela se aprende fidelidade, paciência e sacrifício.” Twitter 10 de maio de 2014
6- Cultivar relações sadias
Conscientes de que o amor familiar enobrece tudo o que o homem faz e lhe dá um valor agregado, é importante incentivar as famílias a cultivarem relações sadias entre seus membros, como dizer uns aos outros “perdão”, obrigada”, “por favor” e dirigir-se a Deus com o belo nome de Pai.
7- Esposos cristãos, testemunhem seu matrimônio
Por um ato de amor livre e fiel, os esposos cristãos testemunham que o matrimônio, por ser sacramento, é a base onde se funda a família e faz mais sólida a união dos cônjuges e sua entrega recíproca.